quarta-feira, 23 de setembro de 2009

1as Jornadas sobre Acolhimento de Crianças e Jovens

1as Jornadas sobre Acolhimento de Crianças e Jovens
CENTRO DE BEM ESTAR SOCIAL NOSSA SENHORA DE FÁTIMA 16 OUTUBRO 2009 - Auditório da Biblioteca Municipal de Olhão

9h- Acolhimento dos participantes
9h30- Sessão de abertura
Eng. Francisco Leal - Presidente da Câmara de Olhão
Dr. Jorge Botelho – Director do C.D.S.S. de Faro
José António Carreiro – Presidente regional da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS)
Pe. Carlos Aquino – Presidente da Direcção do C.B.E.S.N.S.F.
Ir.ª Maria Odete Almeida – Directora do C.B.E.S.N.S.F.
Dr.ª Cláudia Bragança – Directora Técnica do C.B.E.S.N.S.F.

10h15- Painel I – Da Família à Institucionalização.
Moderador: Sr. António Barão (Presidente da Direcção do Instituto Dom Francisco Gomes – Casa dos Rapazes de Faro)
Dr.ª Ana Cristina Linhares – Directora da Unidade de Desenvolvimento Social – C.D.S.S. de Faro (a confirmar)
Dr.ª Helena Mestre – Jurista, Presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo de Olhão.Dr. Amílcar Martins – Procurador da República, Tribunal de Família e Menores de Faro.

11h15- Debate

11h30- Coffee Break

11h45- Painel II – Que Projecto de Vida?
Moderador: Dr.ª Margarida Guerreiro – Psicóloga Clínica, Terapeuta e Mediadora Familiar.
Dr.ª Rosa Clemente – Advogada – “Apadrinhamento civil”
Dr. Jorge Ferreira - Assistente Social - Docente na Universidade Lusíada de Lisboa - “A intervenção com famílias mal tratantes / bem tratantes. Desenvolvimento de competências”
Dr.ª Mariana Galésio (Técnica Superior de Educação Social e Terapeuta Familiar - Directora Técnica do CAT II) e Dr.ª Helena Gonçalves (Assistente Social) - Associação de Amigos da Criança e da Família – Chão dos Meninos (Évora) – “Autonomia de Vida”
Dr. Luís Villas-Boas – Psicólogo Clínico, Fundador da Emergência Infantil e Director do Refúgio Aboim Ascensão (Faro) –“Adopção”
12h45- Debate

13h- Almoço livre

14h30- Painel III- Boas Práticas em Lares de Infância e Juventude.
Moderador: Dr. Márcio Rodrigues – Técnico Superior de Educação Social - Centro de Bem Estar Social Nossa Senhora de Fátima.
Dr.ª Sandra Barreto – Assistente Social - Lar Bom Samaritano (Portimão).
Dr.ª Vânia Branco – Directora Técnica – Lar Nossa Senhora de Fátima – Santa Casa da Misericórdia de Reguengos de Monsaraz.
Dr.ª Cláudia Bragança – Psicóloga Clínica e Directora Técnica do Centro de Bem Estar Social Nossa Senhora de Fátima.

- Conclusão dos trabalhos: Dr.ª Margarida Guerreiro

16h15- Coffee Break

16h30- Visita guiada ao Centro de Bem Estar Social Nossa Senhora de Fátima.

domingo, 13 de setembro de 2009

Hoje sinto-me...triste!

Pedaços de água no olhar...
De sonhos desfeitos em nada
Cabelos em desalinho
Onde brilham em torvelinho,
Pérolas de pranto ao luar....

Olhos tristes de quem sofreu
Na vida, tormentos mil
Silêncios a quem doeu,
Um amor que já morreu,
Ainda por começar...

Embalada nos braços fortes
De uma recordação,
Vai tropeçando em pedaços
Vazios de um coração...

Sonha, menina triste,
Limpa as lágrimas, sorri
Também eu vivi morrendo
E morri, vivendo em ti....

M.C.Silva

Estágio PEPAL

Munícipio de Cuba

Número de Estágios: 1

Área Funcional do Estágio Descrição da Habilitação: Licenciatura na área Social

Prazo para formalização das candidaturas: 5 dias úteis contados do dia a seguir à data da publicação deste aviso, ou seja até às 17h:30m do dia 18 de Setembro de 2009.

As candidaturas poderão ser entregues pessoalmente na Sec. Rec. Humanos da Câmara ou enviadas pelo correio mediante carta registada com aviso de recepção para Município de Cuba - Câmara Municipal, Rua Serpa Pinto, n.º 84, 7940 -182 Cuba.

Endereço Postal para entrega da candidatura: Município de Cuba - Câmara Municipal, R. SERPA PINTO, 84, 7940-172 Cuba

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Caros amigos e amigas,

Depois de um dia tão agitado como o de hoje, como de resto têm sido todos, deixo-vos aqui um clip de Mafalda Veiga, uma das minhas cantoras preferidas, pois as músicas dela ajudam-me a relaxar e muitas vezes a reflectir!...


Oferta de emprego (Bolsa de Emprego Público - BEP)

Código da Oferta: OE200909/0071

Nível Orgânico: Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

Órgão/Serviço: Universidade Técnica de Lisboa

1.Instrução de processos académicos;

2.Gestão e acompanhamento de projectos de investigação tendentes a promover a mobilidade dos investigadores e a internacionalização da ciência;

3. Implementação e acompanhamento de estudos integrados no sistema de avaliação de qualidade da UTL;

4.Elaborar estudos, pareceres, informações e outros documentos de carácter técnico, de acordo com a actividade do Departamento Assuntos Académicos.

5. Recolher e divulgar a legislação pertinente para a actividade da Universidade.

Habilitação Literária: Licenciatura Descrição da Habilitação Literária: Ciências Sociais

Envio de candidaturas para: dgrh@reitoria.utl.pt, Rua da Junqueira, nº 86, 1349-025 Lisboa

Contacto: dgrh@reitoria.utl.pt / DGRH - 213611700

domingo, 6 de setembro de 2009



MUITOS PARABÉNS AMIGA CÁTIA!

TUDO DE BOM PARA TI!

BJS ***

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

“Delinquência Juvenil – Quebrar silêncios, Construir pontes”

No âmbito da II Feira Social do Município de Olhão, a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Olhão, encontra-se a organizar um Seminário subordinado ao tema “Delinquência Juvenil – Quebrar silêncios, Construir pontes” que se irá realizar no dia 25 de Setembro de 2009 no Auditório Municipal de Olhão.

Com este Seminário pretende-se fomentar um espaço de partilha, reflexão e avaliação sobre a problemática da delinquência juvenil e dos comportamentos desviantes associados aos jovens.

PROGRAMA

09.00 Abertura do Secretariado
09.30 Sessão de Abertura
Eng.º Francisco José Fernandes Leal, Presidente da Câmara Municipal de Olhão
Dr. Ricardo Carvalho, Secretário Executivo da CNPCJR
Dra. Helena Mestre, Presidente da CPCJ de Olhão

PAINEL I – (Sobre)Vivências dos Jovens na Sociedade

Moderadora: Dra. Maria Joana Rafael, Psicóloga Clínica da Associação Cultural de Apoio Social de Olhão, representante da ACASO na C.P.C.J. de Olhão

10.00H Emoções, comportamentos e expectativas juvenis
Dra. Rute Agulhas, Psicóloga, Terapeuta de crianças e adolescentes (Associação Portuguesa de Terapias Comportamentais e Cognitivas) e Terapeuta Familiar (Sociedade Portuguesa de Terapia Familiar), Psicóloga do Instituto Nacional de Medicina Legal. I.P.

11.00H Acepipe Social

11.15H Turbulência Juvenil VS Delinquência Juvenil
Professor Doutor João Paulo Pereira, Professor Auxiliar do Instituto Superior da Maia – Psicólogo Clínico; Membro da Unidade de Investigação em Desenvolvimento Humano e Psicologia (UNIDEP) do ISMAI; Membro do Centro de Investigação do Núcleo de Estudos e Investigação Cognitivo-Comportamental (CINEICC)

12.00H Comportamentos Desviantes – Cidadania e Responsabilidade Social
Dr. Jorge Cabral, Docente e coordenador da Pós-graduação em Criminologia e Intervenção Sócio-Jurídica com Crianças e Jovens em Risco da Universidade Lusófona de Lisboa

Debate
12.30 Almoço

PAINEL II – Respostas para o Futuro – Agir para Construir

Moderadora: Dra. Felícia Cabrita, Jornalista do Semanário SOL

14.00H – Intervenção Social pela Arte
Dra. Teresa Ricou, Directora do Chapitô*

14.30H – O Jogo e o desporto na Prevenção Social
Prof. Dr. Carlos Neto, Faculdade de Motricidade Humana / Universidade Técnica de Lisboa

Debate
15.00H – Acepipe Social

15.15H – Boas Práticas na Intervenção com Jovens
Dr. Carlos Simões, Secretário-Geral da Associação Cultural Moinho da Juventude
Dr. Claudino Alexandre Correia Semedo, Psicólogo, perito de experiência em formação

Debate
17.00H Sessão de Encerramento
Dr. Jorge Souto, Coordenador da Região Sul da Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco
Eng.º Francisco José Fernandes Leal, Presidente da Câmara Municipal de Olhão
Dra. Helena Mestre, Presidente da CPCJ de Olhão

17.30H Visita à II Feira Social do Município de Olhão
* A confirmar

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Oferta de emprego

Precisa-se Tec Sup RSI- Coordenação de equipa para Almada
Setubal Empresa: Centro Infantil da Trafaria Categoria Serviços Sociais
Tipo: Tempo Inteiro
Referencia # 809502
Data: 2-9-2009

Anuncio:
Pretende-se recrutar tecnico superior com licenciatura na área das Ciencias Sociais e sólidos conhecimentos da medida RSI, para coordenar equipa de trabalho. Procura-se candidato com capacidade de lideramça, gosto pelo trabalho em equipa, disponibilidade horária e imediata e preferencialmente com experiencia em coordenação de equipas.Oferece-se vencimento base, isenção de horario de trabalho e subsidio de refeição. Acompanhamento técnico e oportunidades de formação continuos.

A candidatura deverá ser remetida ao Serviço de Recursos Humanos da SCMA, Rua D. José de Mascarenhas, 40-42, 2800-119 Almada, ou por email rh@scma.pt, com a refª RH/CCPIAII/RSI.

Serão consideradas as candidaturas recebidas até ao dia 11 de Setembro. Read more: http://www.net-empregos.com/detalhe_anuncio_livre.asp?REF=809502#ixzz0Q1kJSVOW

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Participação política, cívica e sócio-comunitária da etnia cigana


Hoje decidi publicar umas linhas que falam sobre a Etnia cigana, com a qual eu tenho interagido bastante em contexto profissional. O trabalho com estas pessoas ajudou-me sem dúvida a deixar de lado alguns preconceitos e a comçar a vê-los como um grupo, como tantos outros que existem na nossa sociedade. Podem comentar!...
Na perspectiva de Mendes (2005), “O grupo minoritário dos ciganos em Portugal, está numa situação de desvantagem quanto ao acesso geral aos recursos e ao poder político” (p.200). As variações e as mutações produzidas são fruto da sua participação no universo social não cigano, uma vez que a passagem do nomadismo, situação que proporcionava em maior fechamento e isolamento social, à sedentarização que implicou de algum modo um alargamento ao nível dos mecanismos propiciadores da sua participação na formação social global e na cultura dominante. A sua participação não é um processo linear, mas variado e até contraditório. Situa-se entre a assimilação, que implica dos traços e elementos culturais específicos, e a consequente diluição do grupo étnico na formação social dominante, e ainda a incorporação, ou seja, a adaptação à formação social maioritária mediante uma transformação selectiva de alguns dos traços culturais específicos, configurando-se como uma das possíveis vias para alcançar um novo equilíbrio entre grupo maioritário e grupo minoritário, mantendo-se assim a sua identidade étnica (Mendes, 2005).

Algumas das mudanças ocorridas nos modos de vida do grupo cigano em Portugal, correspondem a tentativas de adaptação a novas condicionantes estruturais. O progressivo desaparecimento dos seus quotidianos do “caló ou romano”1, a concentração espacial das linhagens, a sedentarização, a multiplicação e a densificação das relações quotidianas com os não ciganos, a procura de outras vias de inserção laboral, a vivência e a coabitação em bairros de habitação social, são respostas comportamentais que reflectem a adaptação do grupo étnico cigano face a novas necessidades e mudanças que vêm do seu exterior. Tal pressupõe transformações nos padrões de comportamento deste grupo étnico, de modo a proporcionar um acesso mais facilitado aos mecanismos e aos contextos de integração. A dificuldade aqui está em situar os limites a partir dos quais se dilui a identidade étnica (Marques, 2007). Fraser (1995), refere que alguns traços culturais fazem parte da identidade cultural do grupo, como a língua, a noção do espaço território (enquanto espaço cultural de tradição e história comum), económico (feiras e mercados preferenciais) e sociopolítico (de organização social intragrupo), as crenças e ritos religiosos e a partilha de um quadro de valores próprio (o respeito pelos mais velhos, a ajuda mútua, a família, o casamento e a boda tradicional cigana, a virgindade da mulher, etc.). Apesar de permanentes alterações no conteúdo cultural, mantém-se a sua identidade étnica.
Embora as capacidades de adaptabilidade demonstradas pelo grupo étnico cigano em Portugal se tenham traduzido em melhorias nas suas condições socioeconómicas e de vida, não houve correspondência em termos de protagonismo sociopolítico e em distintividades sociais. Observam-se algumas situações de mobilidade social, porém, tal fenómeno está longe de ter a tradução e repercussão num projecto mais alargado de promoção e de mudança grupal com impacto no seu estatuto social e na construção de uma imagem pública positiva (Marques, 2007).
Segundo investigações realizadas em Portugal, ao ponderar a capacidade de acção e decisão dos actores sociais sobre a mudança, verificou-se que os trajectos e os projectos de vida se apresentam condicionados a determinados constrangimentos, tais como: o preconceito, a rejeição e o estereótipo secular, os baixos níveis de escolarização, a inserção precária no mercado de trabalho, a participação política, associativa e cívica passiva, o não exercício dos direitos de cidadania e o diferente usufruto de benefícios e apoios estatais na sua plenitude. Regista-se ainda uma ausência de perspectivas, ou seja, de projectos de vida assentes numa óptica de mobilidade social ascendente. Assumem assim uma atitude de apatia e de descrença quanto à sua capacidade de protagonismo no sentido de mudança. As vivências são marcadas por um tempo presente e por referência a um passado reprodutor de marginalizações constantes (Mendes, 2005). “Torna-se, então necessário, ter em conta a dinâmica da reprodução social, por força do peso dos constrangimentos sociais” (p.201).

A mesma autora faz ainda uma relação interessante quanto a este grupo étnico, pois refere que seria importante “estabelecer uma ‘ponte’ entre a socialização escolar e a socialização familiar” (p.202), ou seja, que a escola deveria ir ao encontro das expectativas, desejos e práticas das famílias ciganas. A elevação dos níveis de escolarização dos membros desta etnia, poderia por outro lado, implicar uma maior capacidade de defesa dos seus interesses e especialidades étnicas perante a cultura maioritária, bem como um grau de ‘politização’ da etnia. Deste modo sua intervenção cívica, comunitária, associativa e política, poderia ser uma mais-valia para a cultura maioritária, e deste modo a cultura maioritária poderia dar mais valor à permanência secular no nosso país e à importância no presente da etnia cigana.
Em Suma:

A etnicidade cigana afirma-se como uma atitude reactiva face ao exterior, porque diferente, em algumas circunstâncias, ameaçador e até desestruturador. O próprio percurso dos ciganos em termos históricos, caracteriza-se por uma tensão contínua e constante entre a assimilação face à sociedade envolvente e a manutenção e preservação da identidade étnica. Os ciganos, enquanto grupo étnico, caracterizam-se por uma série de elementos culturais comuns que representam o seu “conteúdo étnico” e o seu “património cultural” particular, e que os distingue de outros grupos com os quais entram em contacto.

Todavia, com as suas características próprias, os membros da etnia cigana em Portugal, que na sua maioria deixaram o nomadismo para optarem pela sedentarização em “barracas” ou habitação social, inserindo-se num meio urbano, precisamente pelas suas características auto-excluem-se e a própria sociedade urbana não os inclui, ou seja, não havendo uma iniciativa das duas partes, torna-se muito difícil a participação deste grupo étnico a todos os níveis. Pois justamente, pela razão deste grupo não se identificar com a sociedade em que se insere e ao mesmo tempo ser excluído pela mesma, também não dá o seu contributo, quer político, quer cívico, quer social, pois não se sente parte integrante dessa sociedade.

No entanto, em contrapartida com a ideia anterior, se é verdade que os ciganos reivindicam os seus direitos, porque são cidadãos, também deveriam cumprir os seus deveres, e é aqui que existe um choque, que se verifica muito na sociedade Portuguesa. Como exemplo prático pode-se referir a questão dos membros da etnia cigana requerem o Rendimento Social de Inserção e outros rendimentos e no entanto recusarem-se a cumprirem com alguns deveres de cidadãos, justificando muitas vezes com as suas crenças e a sua cultura. Se é verdade que devemos respeitar as crenças e a cultura do outro, também é verdade que deveria haver um equilíbrio. Neste sentido, o Governo Português, através do sistema nacional da segurança social, obriga as pessoas de etnia cigana a frequentar a escola, formações e outras actividades em troca da atribuição do Rendimento Social de Inserção.
Referências:
Fraser, A. (1995). História do Povo Cigano. 2ª Edição. Círculo de Leitores.
Marques, J. F. (2007). Do “não racismo” Português aos dois racismos dos Portugueses. Lisboa: Alto-Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, I.P. (ACIDI).
Mendes, M. M. F. (2005). Nós, os Ciganos e os outros – Etnicidade e Exclusão Social. Lisboa: Livros Horizonte.